quarta-feira, 13 de junho de 2012

Poesias

A volta da Asa Branca



Num dia de sol brando                                                                                                                   Home e muié trabaiando
E lá vinha a asa branca 

A chuva anunciando


Chuva essa que lavou a prantação
Bem dizia seu Luiz

Chuva que virá será forte

Pra lavar a alma e coração


Lembro como se fosse hoje

Meu avô me dizendo
Coisa mais linda num tem

Que a fulô de mandacaru aflorencendo


Mas tempo bom igual a esse não teve

Era fartura pra todo lado

O povo vivia aguniado

Pra colher logo a prantação


Logo dispois da grande safra
Só via o povo casando

Fazendo arraias
Todo mundo farriando


Eita que safra boa num teve igual

Teve ate dinheiro sobrando

Meus irmão e eu vivia injuando 

Mas segundo papai o dinheiro era pras ração dos animal


Até um riachinho que tinha secado a muito tempo

Voltou ter água
Para nosso divertimento


As veinha da cidade era tudo rezando

Tinha umas que só de ver as planta

Ficava chorando

O maior medo do povo era os cangaceiros

Por causa da grande safra
Roubavam como se tivessem em um aperreio
Inté que por milagre de padim ciço isso ficou como passageiro


Asa branca é um sinal

Um sinal de boa prantação

Quem me ensinou isso foi meu rei

Rei Luiz do baião

Autor: Sabino Moura

A volta da Asa Branca 2


Volta asa branca, volta!

Que no sertão ocorreu uma reviravolta
A chuva agora cai constantemente
Deixando o povo tudo contente

Já é de madrugada
Acaba de chegar Luiz Gonzaga
Pode vim que não paga
Vamos fazer uma festa arretada!

No nordeste é assim
Alegria sem fim
Onde a esperança nunca morre
E é a fé que nos move
Terra de gente humilde
Gente trabalhadora
Gente sofredora
Mas apesar de tudo, gente vencedora!

Autora: Thaislaine Almeida

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